As 26 Melhores Plantas para Cerca Viva: Ideais para Chácara, Sítios, Ranchos e Fazendas

Conheça neste artigo as melhores plantas para cerca viva contendo descrição detalhada, vantagens e desvantagens. Se você está em dúvida em qual planta utilizar para cerca viva acompanhe esse guia completo e saiba tudo sobre cerca viva ideal para chácara, sítios, ranchos e fazendas.

Neste artigo, exploraremos o conceito de cerca viva, as espécies mais utilizadas e seus detalhes, além de oferecer uma recomendação técnica e sugestões práticas para o plantio.

O que é uma Cerca Viva ?

A cerca viva é uma formação de plantas que serve como uma cerca ou limite natural para propriedades rurais ou áreas residenciais.

A cerca viva é composta por vegetação, geralmente arbustos, árvores ou trepadeiras, que crescem e se entrelaçam para formar uma barreira.

Algumas espécies de plantas indicadas para cerva viva podem ser adotadas juntos com as cercas convencionais que utilizam materiais como madeira, arame ou concreto.

Quais as principais funções da Cerca Viva ?

A cerca viva oferece diversas vantagens, servindo não apenas como uma solução prática, mas também como um elemento que agrega valor à propriedade. Ela é eficaz em delimitar espaços, proporcionando segurança e privacidade, ao mesmo tempo em que embeleza a paisagem.

  • Segurança e Privacidade: A cerca viva pode ser usada para delimitar áreas, criando uma proteção natural contra invasões, além de oferecer privacidade ao ambiente interno.
  • Estética: Além de servir como cerca, ela também embeleza a paisagem, adicionando verde, flores e até frutas à propriedade rural, escondendo estruturas das cercas convencionais.
  • Valorização: Chácaras com cercas vivas são mais atrativas e pelo fato do tempo que levaria para forma-las, adiantaria o processo.
  • Proteção: Em áreas rurais, a cerca viva pode funcionar como uma barreira contra ventos fortes, ajudando a proteger a residência. Além disso, pode reduzir a poeira das áreas externas da residência.
  • Sombreamento: Algumas plantas de cerca viva oferecem sombra, o que pode ser útil para proteger áreas de lazer ou outros cultivos do jardim mais sensíveis ao sol.
  • Biodiversidade e Sustentabilidade: A cerca viva atrai fauna local, como aves e insetos, ajudando a aumentar a biodiversidade na propriedade rural e promovendo um ambiente mais saudável.
  • Controle de ruídos: A cerca viva também pode ajudar a bloquear ruídos de máquinas e veículos, funcionando como uma barreira acústica natural.

Principais Desvantagens da Cerca Viva

Apesar da cerca viva oferecer várias vantagens, como estética, privacidade e sustentabilidade, ela também apresenta algumas desvantagens que devem ser consideradas antes da escolha da cerca viva. As principais desvantagens incluem:

  • Manutenção e Podas: Requer condução das mudas e ramos e podas das plantas frequentes com ferramentas e equipamentos específicos, por isso é essencial escolher a espécie adequada.
  • Tratos Culturais: Requer aplicação de água (irrigação), adubação regulares e controle de pragas e doenças e contratação de serviços especializados neste tema, por exemplo um Engenheiro Agrônomo.
  • Crescimento Lento: Pode demorar a atingir a altura e densidade foliar necessárias para cumprir o objetivo.
  • Necessidade de Espaço: Ocupa mais área do que cercas tradicionais pelo fato da largura da cerca ser maior.
  • Vulnerabilidade Climática: Sensível a condições climáticas extremas, requerendo um planejamento da espécie e dos tratos culturais.
  • Propagação Incontrolada: Algumas plantas podem invadir áreas vizinhas ou dispersar sementes.
  • Custo Inicial: O investimento inicial pode ser alto, especialmente com a utilização de mudas de porte maior.
  • Segurança Limitada: Pode não ser tão eficaz quanto cercas tradicionais em termos de proteção e privacidade.

Espécies de Plantas para Cerca Viva


1. Arbustos

Um arbusto é uma planta perene de porte médio, com múltiplos caules lenhosos que se ramificam próximos ao solo, sem um tronco principal definido. Pode variar em altura, geralmente entre 1 e 5 metros, sendo utilizado para cercas vivas, paisagismo e ornamentação.

1.1. Hibisco (Hibiscus rosa-sinensis)

O hibisco, nativa da Ásia, pode atingir até 3 m de altura e formar cercas vivas densas em cerca de 2 a 3 anos, com boa adaptação as condições de solo e clima do Brasil.

Essa planta se destaca por suas grandes flores, que podem variar entre as cores vermelho, rosa, amarelo, laranja, branco, pêssego e roxo, possibilitando a formação de combinações visualmente extraordinárias.

O florescimento ocorre o ano inteiro quando há boa insolação na cerca viva, adubação (principalmente com nitrogênio), e podas frequentes. Além disso, há variedades variegadas com cores diferentes em uma mesma folha.

A fileira de plantas formada pode ter até 1 m de largura, exigindo podas trimestrais para manutenção da altura para induzir a ramificação lateral ou horizontal, melhorando a densidade da cerva viva.

O hibisco proporciona bastante privacidade e proteção quanto plantada com espaçamento de 30 a 50 cm entre plantas.

O plantio pode ser feito junto com cercas convencionais de arame liso ou farpado ou telados e alambrados para proteção dupla.

O hibisco atrai bastante beija flores. No entanto, as folhas novas são frequentemente atacado por formigas cortadeiras.

1.2. Murta (Myrtus communis)

A murta, nativa da região do Mediterrâneo, é apreciada por sua folhagem densa e aromática, atingindo até 4 m de altura e levando de 2 a 4 anos para formar uma cerca viva robusta e bem estruturada.

A fileira de plantas pode alcançar até 1,5 m de largura, necessitando de podas regulares a cada 6 meses. Para manter sua forma compacta e densa, o espaçamento ideal deve ser de 30 a 50 cm entre plantas.

A murta oferece vantagens como resistência à seca, adaptação a condições brasileiras, e a criação de uma barreira bastante densa, ideal para privacidade e proteção.

Além disso, as flores são aromáticas. Contudo, podas muito frequentes diminui a produção de flores.

1.3. Buxinho (Buxus sempervirens)

O buxinho, nativa da Europa, é muito utilizado em jardins elegantes e formais e como cercas vivas, atingindo até 3 m de altura e levando de 3 a 5 anos para formar uma cerca densa e compacta.

Essa planta é adaptada a climas temperados (mais frescos). A fileira de plantas possui entre 0,5 a 1 m de largura, necessitando de podas regulares a cada 6 meses. O espaçamento ideal deve ser de 30 a 50 cm entre plantas para manter uma boa densidade.

O buxinho tem como característica alta resposta à poda, formação compacta e longevidade, proporcionando uma folhagem densa e charmosa, ideal cerca viva para piscina.

Porém, é suscetível a doenças fúngicas e pragas, requerendo monitoramento.

1.4. Pingo de Ouro (Duranta repens aurea)

O Pingo de Ouro, nativa das regiões tropicais da América Central e Caribe, é conhecida por sua folhagem dourada e flores roxas, atingindo até 3 m de altura e levando cerca de 2 a 3 anos para formar uma cerca viva densa e bem estruturada.

Essa planta se adapta bem ao clima do Brasil, preferindo solos bem drenados e sol pleno. A fileira de plantas possui entre 0,5 a 1 m de largura, necessitando de podas anuais. O espaçamento ideal deve ser de 30 a 50 cm entre plantas.

Entre as vantagens, o Pingo de Ouro oferece uma cerca vibrante, atraente e ornamental com flores de cor lilás ou azul-arroxeada e frutos pequenos, amarelos e arredondados.

No entanto, é suscetível ao ataque de pragas como cochonilhas que forma fumagina nas folhas, requerendo controle preventivo.

1.5. Limãozinho Bravo (Swinglea glutinosa)

Fonte: Davi Moura.

O Limãozinho Bravo, originária do Sudeste Asiático, é uma planta espinhosa utilizada principalmente para formação de cercas vivas defensivas.

Com crescimento vigoroso, pode atingir até 4 m de altura, formando uma barreira densa e impenetrável em cerca densas em até 3 anos, dependendo das condições climáticas e do manejo.

Adapta-se bem ao clima tropical e subtropical, preferindo solos bem drenados e exposição ao sol pleno. A cerca viva formada possui entre 0,5 a 1 m de largura, com espaçamento entre 20 a 30 cm entre plantas.

Podas regulares 2 a 3 vezes por ano são necessárias para manter o formato e a densidade da barreira. Entre suas vantagens, destaca-se a resistência a ventos fortes, proteção, privacidade e rápido crescimento.

No entanto, seus espinhos afiados podem dificultar a poda e a manipulação, exigindo cuidado no manejo. Além disso, é suscetível ao ataque de formigas quando pequenas e de algumas pragas como pulgões e cochonilhas, que podem ser controlados preventivamente.

1.6. Coroa-de-Cristo ou Avelóz (Euphorbia milii)

Coroa-de-Cristo, nativa de Madagascar, é conhecida por suas flores vermelhas e ramos espinhosos, podendo atingir até 2 m de altura e levando cerca de 1 a 2 anos para formar uma cerca viva densa.

A fileira de plantas pode ter de 0,5 a 1 m de largura, sendo necessário realizar podas regulares, pelo menos a cada 6 meses, para controlar seu crescimento e manter a forma desejada.

O Coroa-de-Cristo, devido à presença de espinhos, proporciona uma barreira natural eficiente e oferece mais segurança. O espaçamento ideal deve ser de 50 a 100 cm entre plantas.

Por outro lado, seus espinhos podem ser perigosos, especialmente para crianças, e seiva contém um látex muito alcalino, podendo irritação na pele e causar cegueira em contato com os olhos, exigindo equipamento de proteção e óculos durante as podas.

1.7. Bambu Japonês ou Metake (Pseudosasa japonica)

O bambu japonês é originário do Japão, podendo atingir até 4 m de altura e formando cercas vivas densas em cerca de 2 a 3 anos. Essa planta é bem adaptada ao solo e clima do Brasil.

Destaca-se por suas folhas alongadas e colmos eretos de tom verde intenso, conferindo um visual elegante e natural à cerca viva.

A combinação entre boa quantidade de planta e sua folhagem densa proporciona um excelente bloqueio visual e acústico, sendo ideal para ambientes que necessitam de privacidade.

A fileira de plantas pode atingir até 1,5 m de largura, exigindo pouca manutenção com podas. Contudo, é preciso controlar a expansão de área agressivo dessa planta.

Para melhor fechamento da cerca, recomenda-se um população entre 50 a 100 plantas por m.

1.8. Bambu Multiplex (Bambusa multiplex)

O Bambu Multiplex, nativo da Ásia, pode atingir até 5 m de altura, formando cercas vivas densas em aproximadamente 2 a 3 anos. De crescimento vigoroso, adapta-se bem ao solo e clima brasileiros, sendo uma excelente escolha para barreiras naturais e ornamentação.

Sua folhagem densa e colmos finos proporcionam um visual sofisticado e eficiente para proteção contra ventos fortes e ruídos externos.

A fileira de plantas do Bambu Multiplex pode alcançar até 1,5 m de largura, exigindo podas regulares para manutenção da altura.

Para melhor fechamento e densidade, recomenda-se um população entre 50 a 100 plantas por m.

1.9. Laurotino (Viburnum tinus)

O Laurotino, originário da região do Mediterrâneo e da Ásia Ocidental, pode atingir até 4 m de altura, formando cercas vivas densas em aproximadamente 2 a 4 anos.

De crescimento moderado, adapta-se bem a diferentes tipos de solo e climas, sendo resistente ao frio e à seca.

Com folhagem perene e densa, o Laurotino oferece excelente privacidade e proteção contra ventos. Suas pequenas flores brancas ou rosadas surgem no inverno, seguidas por frutos azul-metálicos que atraem pássaros.

A fileira de plantas pode atingir até 1 m de largura, exigindo podas semestrais para controle de altura e estímulo à ramificação lateral, garantindo um fechamento mais compacto.

O espaçamento ideal entre plantas varia de 50 cm a 1 m para formação eficiente da cerca viva.

1.10. Photinia Vermelha (Photinia x fraseri)

A Photinia Vermelha, originária da Ásia, pode atingir até 4 m de altura, formando cercas vivas densas em aproximadamente 2 a 3 anos. Ela se adapta bem a diversos tipos de solo e é resistente a climas variados, especialmente ao calor.

Sua folhagem destaca por um tom vermelho intenso das folhas novas, que vai se tornando verde conforme amadurece, proporcionando uma aparência vibrante e decorativa ao longo do ano.

As flores são pequenas e brancas, que surgem na primavera.

A fileira de plantas pode alcançar até 1,5 m de largura, sendo necessário realizar podas periódicas para manter a forma e estimular o crescimento lateral, melhorando a densidade da cerca viva.

Para o melhor resultado da cerca viva com Photinia Vermelha, recomenda-se um espaçamento de 50 a 100 cm entre as plantas, sendo uma boa cerva viva para jardim.

1.11. Tumbérgia Arbustiva (Tumburgia erecta)

A Tumbérgia Arbustiva, originária da África tropical, pode atingir até 3 metros de altura, formando cercas vivas densas em cerca de 2 a 3 anos. Sua ramificação é semelhante ao do Hibisco.

Ela se adapta bem ao solo bem drenado e climas tropicais e subtropicais, sendo uma excelente escolha para regiões quentes e úmidas.

Sua folhagem verde-escura é complementada por flores grandes e arroxeadas com interior amarelo, que surgem ao longo do ano quando há boa insolação, conferindo uma aparência vibrante e alegre à cerca viva.

A Tumbérgia Arbustiva atrai muito beija flor, é resistente a pragas e doenças e oferece muita proteção e privacidade.

A fileira de plantas pode atingir até 1 m de largura, necessitando podas periódicas para controlar o crescimento e melhorar a densidade da cerca.

Para formar a cerca viva de Tumbérgia Arbustiva de forma eficiente, o espaçamento ideal entre as plantas é de 50 cm a 100 cm.

1.12. Clúsia (Clusia fluminensis)

A Clúsia, nativa do Brasil, é conhecida por seu porte arbustivo a arbóreo e folhas espessas e verdes, podendo atingir até 4 m de altura e levando 2 a 5 anos para formando cercas vivas densas.

Ideal para áreas com boa luminosidade do solo, a Clúsia exige solo bem drenado e um espaçamento de 20 a 50 cm entre plantas para formar uma cerca compacta.

A manutenção da cerca viva de Clúsia é baixa devido o crescimento lento das plantas. Essa planta é resistente e rustica, sendo uma boa opção.

1.13. Piracanta (Pyracantha coccinea)

A Piracanta, nativa da Europa e Ásia, pode atingir até 4 m de altura. Em cerca de 2 a 3 anos, forma cercas vivas densas e de beleza exuberante na época de frutificação.

As folhas são de cor verde-escura, as flores de flores são brancas, surgindo na primavera, e os frutos vermelhos ou alaranjados, surgindo no inverno.

Ideal para locais com boa luminosidade, ela cresce bem em solo bem drenado e necessita de espaçamento de 50 a 60 cm entre as plantas.

A frequência de podas deve ser de 2 a 3 vezes ao ano, para manter sua forma compacta e estimular o crescimento lateral.

A Piracanta contem espinhos nas ramificações, o que pode levar perigo a crianças. Além disso, pode ser atrativa para pragas.

1.14. Dracena (Dracaena spp.)

A Dracena é uma planta tropical, incluindo América, que pode atingir até 6 m de altura, dependendo da espécie. Ela forma cercas vivas densas e atraentes, com crescimento moderado, podendo levar de 2 a 4 anos para atingir o tamanho ideal para cercas.

Ela se adapta bem a diferentes tipos de solo, preferindo áreas com boa iluminação, mas pode tolerar sombra parcial. A fileira de plantas pode ter até 1,5 m de largura com densidade moderada.

Para a formação de uma cerca viva, o espaçamento ideal entre as plantas é de 50 cm, e podas anuais ajudam a manter a forma e densidade desejadas.

A Dracena se destaca pela sua folhagem ornamental, que pode ser verde ou com bordas coloridas, como vermelho ou amarelo, conferindo um toque estético ao ambiente. Sendo uma boa opção de cerca viva para perto de piscina ou cerva viva para muro.

Além disso, é resistente a pragas e doenças. Porém, ela pode ser sensível ao frio e ao excesso de água, sendo importante garantir boa drenagem do solo e evitar regiões de baixas temperaturas.

1.15. Forsythia Sino Dourado (Forsythia spp.)

A Forsythia sino dourado (Forsythia suspensa) é uma planta de origem asiática, conhecida por sua exuberante floração amarela no início da primavera. Ela pode atingir até 3 metros de altura, formando cercas vivas densas e decorativas em pouco tempo, geralmente em 1 a 2 anos.

Ideal para locais com boa exposição solar e solo bem drenado, a Forsythia cresce rapidamente e necessita de podas anuais para manter seu formato compacto e saudável.

A Forsythia pode ser plantada com espaçamento de 50 cm entre as plantas para criar uma cerca densa e vibrante.

Sua principal vantagem é a rápida cobertura e a bela florada amarela, que traz cor e vida aos jardins. No entanto, requer cuidados regulares, incluindo podas, para evitar seu crescimento descontrolado.

1.16. Ixora (Ixora coccinea)

A Ixora, nativa da Ásia, é conhecida por suas flores vibrantes, que podem ser vermelhas, laranjas, amarelas ou rosadas. Ela pode atingir entre 1,5 e 2 m de altura, formando cercas vivas densas em um período de 1 a 2 anos, desde que bem cuidada.

Ela prefere locais com boa exposição solar e solos bem drenados. Para a formação da cerca viva, o espaçamento entre as plantas deve ser de 30 a 50 cm, e a planta se beneficia de podas periódicas para manter a forma e estimular a floração.

A Ixora é valorizada pela sua beleza e pelas flores atraentes, que são ideais para criar cercas coloridas. Porém, é sensível ao frio intenso e pode precisar de proteção em regiões mais frias, além de demandar cuidados com a irrigação para não ficar suscetível a doenças.

1.17. Podocarpo (Podocarpus macrophyllus)

O Podocarpo é uma conífera originária do leste da Ásia, amplamente utilizada para formar cercas vivas densas, formais e elegantes, também conhecida como Pinheiro de Ruda.

Pode atingir até 10 m de altura quando não podado, mas em cercas vivas, geralmente é mantido entre 2 e 4 metros. Seu crescimento é moderado, levando cerca de 3 a 5 anos para formar uma barreira eficiente.

É indicado para regiões tropicais e subtropicais, adaptando-se bem a diferentes tipos de solo, desde que sejam bem drenados.

A largura da cerca viva de Podocarpo pode variar de 50 a 100 cm, e podas regulares são necessárias para estimular a ramificação lateral e manter a densidade. Tem um crescimento bem lento.

Suas vantagens incluem alta resistência a pragas e doenças, longa durabilidade, baixa exigência hídrica após o estabelecimento e excelente efeito ornamental.

Entre as desvantagens do Podocarpo, destaca-se o crescimento relativamente lento e a necessidade de podas frequentes para manter a forma desejada, além da preferência por solos férteis e bem drenados para um desenvolvimento ideal.

1.18. Camélia (Camellia japonica)

A camélia é uma planta ornamental originária do leste da Ásia, conhecida por suas flores vistosas nas cores vermelho, rosa, branco e variações bicolores e folhagem verde-escuro e perene.

Pode atingir entre 2 e 6 m de altura, dependendo do manejo, e seu crescimento é moderado, levando cerca de 3 a 5 anos para formar uma cerca viva densa.

A camélia é ideal para regiões de clima ameno, preferindo solos bem drenados e ricos em matéria orgânica. A cerca formada pode ter entre 50 a 100 cm de largura, e podas anuais são recomendadas para estimular a ramificação e controlar o formato.

As principais vantagens incluem sua floração ornamental no outono e inverno, resistência a pragas e baixa manutenção após o estabelecimento. Além disso, sua folhagem densa proporciona boa privacidade.

Entre as desvantagens, destacam-se o crescimento relativamente lento e a sensibilidade a temperaturas muito elevadas e ventos fortes, que podem prejudicar a floração.

1.18. Cedrinho (Cupressus lusitanica)

O Cedrinho é uma árvore de copa piramidal a colunar, com crescimento rápido, podendo atingir até 30 m de altura quando cultivado livremente. Suas folhas em forma de escamas são verde-acinzentadas e exalam um aroma característico.

Pode ser utilizado como cerca viva, quebra-vento ou elemento ornamental em jardins e áreas urbanas. Quando podado regularmente, adapta-se bem à topiaria, permitindo a criação de formas variadas.

Além disso, a madeira do Cedrinho é leve e estável, sendo aproveitada na indústria moveleira e naval. Como ponto negativo, a necessidade de podas periódicas estimular ramificação lateral.


2. Árvores

As árvores de baixo e médio porte podem ser utilizadas para formação de cerca vivas. Para isso, a condução e podas frequentes devem ser realizadas de forma correta para não perder o controle do crescimento da planta. Além disso, ferramentas como motosserras e roçadeiras são essenciais devido à dureza da madeira dessas árvores. Em seguido, apresento a vocês as principais árvores para cerca viva para chácaras.

2.1. Sansão-do-Campo (Polianthes tuberosa)

Sansão-do-Campo é uma planta nativa do Brasil, de porte arbóreo que pode atingir até 6 metros de altura. A fileira de plantas pode ter até 2 m de largura.

Essa árvore é amplamente utilizada em chácaras na divisas com vizinhos e beira de estrada, devido ao seu crescimento rápido e agressivo, ramos duros com presença de espinhos e largura e altura. Para isso, deve haver bastante espaço.

Sua floração ocorre geralmente durante o inverno e a primavera, apresentando flores amarelas e perfumadas, atraindo polinizadores como abelhas.

O Sansão-do-Campo se adapta bem a diversos tipos de solo, preferindo áreas com boa drenagem e exposição ao sol pleno.

O espaçamento ideal para cerca viva é de 1 a 1,5 m entre plantas. Essa planta requer podas frequentes para estimular o crescimento lateral, o que gera muitos residuos vegetais.

Os ramos podados devem ser recolhidos para serem triturados ou destinados corretamente, pois devido ao alto teor de lignina, a decomposição dos ramos é muito lenta.


3. Trepadeiras

As plantas trepadeiras são aquelas que crescem apoiando-se em estruturas, como cercas, muros e alambrados, bem projetadas para resistir ao peso dos ramos e folhas. Neste Item 3, separamos as melhores trepadeiras utilizadas para cerva viva em chácaras e também em residências urbanas com quintal.

3.1. Jasmim Leite (Toscaanse jasmijn)

O Jasmim Leite é uma planta trepadeira de origem asiática, mais especificamente da China. Esta espécie pode atingir até 3 m de altura, formando cercas vivas densas em um período de 1 a 2 anos, com crescimento rápido.

Ideal para áreas com boa luminosidade, o Jasmim Leite se adapta bem ao solo bem drenado, apresentando variedades com flores de cor brancas e amarela e um perfume doce, surgindo na primavera.

O jasmim precisa de uma cerca para apoiar os ramos longos que tendem a se curvar. Além disso, requer podas frequentes para manter seu formato e estimular a floração.

O espaçamento recomendado para o plantio é de 50 cm entre as plantas. As podas devem ser realizadas anualmente para controlar seu crescimento e melhorar a ramificação lateral.

Com sua bela floração e fragrância intensa, a Jasmim Leite é amplamente utilizada para adicionar um toque estético e perfumado ao jardim. Além disso, serve como excelente cerca viva para quem busca privacidade, proteção sonora e delimitação de espaços.

Entretanto, o Jasmim Leite necessita de suporte para crescer e se espalhar, como cercas ou treliças, e pode ser sensível ao frio intenso, requerendo cuidados em regiões com inverno rigoroso.

3.2. Ipoméia-Rubra (Ipomoea horsfalliae)

A Ipoméia-Rubra, conhecida por suas flores vermelhas vibrantes, é uma trepadeira nativa da América Central, crescendo rapidamente e formando uma cerca viva densa em pouco tempo, 1 a 2 anos.

Ideal para locais ensolarados e com solo bem drenado, esta planta exige condução com amarrações e podas periódicas para controlar seu crescimento.

Ela pode atingir até 5 m de altura. O espaçamento de 1 m entre as plantas, proporciona melhor densidade de folhas e maior privacidade.

As flores de Ipoméia-Rubra atraem polinizadores, como abelhas e beija-flores, promovendo a biodiversidade.

3.3. Allamanda (Allamanda cathartica)

A Allamanda é uma planta nativa das regiões tropicais da América Central e América do Sul, conhecida por suas flores grandes e vibrantes, geralmente amarelas, que decoram a cerca viva durante grande parte do ano.

Essa trepadeira se adapta bem ao clima tropical e subtropical. Ideal para locais ensolarados e solos bem drenados, a Allamanda necessita de suportes como cercas ou treliças para se desenvolver adequadamente.

O espaçamento recomendado é de 1 m entre as plantas. Para manter sua forma compacta e estimular a floração abundante o ano todo, é necessário realizar podas regulares, principalmente após a floração.

Entre as vantagens estão sua rápida cobertura e a constante floração, que traz um toque de cor ao ambiente. No entanto, é uma planta que pode ser invasiva se não for controlada com podas frequentes, além de ser tóxica se ingerida, sendo perigoso para crianças.

3.4. Primavera (Bougainvillea spp.)

A Primavera, nativa do Brasil, é uma planta trepadeira e arbusto conhecida por suas flores coloridas e vibrantes, que variam entre tons de rosa, roxo, vermelho, laranja e branco.

Ela pode atingir até 5 m de altura, formando cercas vivas densas e atraentes em um período de 2 a 3 anos. Para o seu crescimento ideal, necessita de uma cerca ou estrutura de apoio, como treliças, para se espalhar.

A Primavera se adapta bem a locais ensolarados e prefere solos bem drenados. O espaçamento entre as plantas deve ser de 50 a 100 cm para garantir um bom volume de ramos.

As podas devem ser realizadas regularmente para controlar o crescimento agressivo dessa planta. Em geral, o formato e largura da cerca viva com a Primavera acompanha o formato da estrutura de apoio.

A principal vantagem da Primavera é a sua floração exuberante, que traz beleza e charme para qualquer jardim.

No entanto, é importante ressaltar que a planta tem espinhos e exige cuidados para evitar que se torne invasiva, além de necessitar de manutenção constante para preservar sua forma.

3.5. Clematis (Clematis spp.)

A Clematis é uma planta trepadeira originária da Europa, Ásia e América do Norte, conhecida por suas flores grandes e vistosas, que variam em cores como roxo, rosa, branco e azul.

Ela pode atingir até 10 m de altura, dependendo da espécie, e é capaz de formar cercas vivas densas em poucos anos, desde que forneça suporte adequado.

Ela se adapta bem a áreas ensolaradas ou com sombra parcial e prefere solos bem drenados. O espaçamento entre as plantas deve ser de cerca de 1 a 2 m, e a planta precisa de podas regulares para manter sua forma e estimular a floração.

No entanto, ela pode ser suscetível a doenças fúngicas e exige cuidados com a irrigação para evitar o apodrecimento das raízes.

3.6. Tumbérgia Trepadeira (Tumburgia grandiflora)

A Tumbérgia Trepadeira, originária da África tropical, pode atingir até 3 m de altura, formando cercas vivas densas em cerca de 2 a 3 anos.

Essa trepadeira tem um crescimento muito rápido e agressivo, necessitando de podas frequentes. Além disso, requer uma cerca ou alambrado bem firme para apoio.

As folhas são grandes e de um verde-escuro intenso. Em áreas sombreadas, tornam-se ainda maiores, enquanto a floração é reduzida. As flores são roxas, com um interior amarelo vibrante.

Para formar a cerca viva de Tumbérgia Trepadeira de forma eficiente, o espaçamento ideal entre as plantas é de 1 m a 2 m.


Planejando o plantio de uma cerca viva

No planejamento do plantio de uma cerca viva, é essencial selecionar a espécie considerando as condições do solo, a disponibilidade de luz solar e as exigências climáticas da planta.

A combinação de diferentes espécies ou variedades da mesma planta pode criar contrastes interessantes de folhagem, flores, tamanhos e formatos, enriquecendo o efeito paisagístico.

O solo da cova ou sulco deve ser devidamente adubado com fertilizantes orgânicos e minerais para garantir um crescimento vigoroso. Além disso, em regiões de clima seco, regas frequentes ou a instalação de um sistema de irrigação são recomendados para manter o desenvolvimento saudável das plantas.

A condução e a poda são fundamentais para formar uma cerca viva densa e bem estruturada, exigindo manutenção periódica por profissionais ou responsáveis pelo cultivo.

Mantendo uma Cerca Viva Saudável

As plantas estão sujeitas a pragas e doenças, tornando essencial o monitoramento frequente. Se necessário, a contratação de um profissional, como um engenheiro agrônomo, pode garantir um manejo adequado.

Para estimular uma boa ramificação e floração abundante, é recomendada a adubação anual. O acompanhamento do crescimento e a identificação de deficiências nutricionais são fundamentais para ajustes na adubação.

A escolha das ferramentas corretas facilita a realização das podas, especialmente em espécies de crescimento vigoroso.

A remoção de plantas invasoras é essencial para manter a estética e a saúde da cerca viva.

Por fim, os resíduos de poda, folhas, flores e frutos devem ser retirados para evitar acúmulo de sujeira e a atração de animais peçonhentos.