Descubra as melhores árvores de porte médio a alto com objetivo de fazer sombra para você plantar na chácara, sítio, quintal de casa ou fazenda. A escolha da espécie adequada é fundamental para garantir sombra, frescor e beleza. Confira nossa nosso guia com características de 20 espécies para auxiliar você na escolha ideal.
Nós recomendamos a escolha de várias espécies e de diferentes porte para gerar uma biodiversidade da flora e tornar o visual deslumbrante do seu espaço, conseguindo elogios de todos que a visitam. Em seguida você terá nosso guia com as características de cada espécie separadas de acordo com a perenidade das folhas.
Veja aqui as melhores árvores para fazer sombra de porte baixo a médio !
Índice de Conteúdos
1. Árvores com Folhas Perenes
Esse grupo de árvores mantém suas folhas durante todo o ano, ou seja, possuem folhas persistentes que oferecem sombra o ano inteiro. Essas espécies são conhecidas como perenifólias.
Oiti (Licania tormentosa)

Essa árvore, nativa do Brasil, cresce rapidamente, podendo atingir altura de 20 m e diâmetro à altura do peito (DAP) de 60 cm quando adulta.
O tronco pode ser reto ou levemente tortuoso, com um fuste que pode atingir até 7 metros de comprimento.
Sua ramificação é dicotômica, ou seja, cada ramo se divide em dois, resultando em uma copa frondosa, harmoniosa e visualmente atraente.
Suas folhas são pequenas, verde-escuras, coriáceas e cobertas por uma fina camada aveludada de pelos.
As flores são pequenas e brancas dispostas em uma espiga. Os frutos, de formato oval, medem entre 5 cm e 16 cm quando maduros, abrigando uma única semente (caroço). As árvores são hermafroditas.
Originário da América do Sul, o oiti é nativo das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. Também é conhecido por outros nomes, como goiti, oiti-da-praia, oiti-trumbá, oiti-cagão e oitizeiro.
No geral, essa árvore apresenta boa resistência a pragas e doenças, embora possa ser afetada por ferrugem e antracnose nas folhas.
Vantagens | Desvantagem |
Crescimento rápido Fácil de encontrar Copa ampla e alta Resistente ao vento Aceita poda de condução | Queda de frutos Árvore bem Comum |
Árvore Samambaia ou Felício (Felicium decipiens)
A árvore samambaia é uma árvore estrangeira de crescimento moderado, podendo atingir até 10 metros de altura quando adulta.
O tronco é reto e delgado, com casca levemente fissurada. Suas folhas são compostas, com folíolos brilhantes, verde-escuras e formato alongado, conferindo à árvore uma aparência ornamental.
Sua copa é densa e arredondada, proporcionando uma sombra e frescor agradável.
As flores são pequenas, esbranquiçadas e perfumadas, surgindo em inflorescências delicadas.
Os frutos são pequenos, arredondados e escuros quando maduros, contendo uma ou duas sementes.
Nativa do Sul da Ásia e da África Oriental, a árvore Felício é amplamente cultivada em regiões tropicais e subtropicais, sendo apreciada por seu valor ornamental e por seu uso no paisagismo urbano. Essa espécie é bastante resistente a pragas e doenças.
Vantagens | Desvantagem |
Copa ampla e arredondada Característica ornamental Aceita poda de condução | Queda de frutos Espécie estrangeira |
Sabão de Soldado ou Saboneteira (Sapindus saponaria)
A saboneteira é uma árvore de porte médio , podendo atingir até 15 metros de altura quando adulta.
Curiosamente, seu nome provém da alta concentração de saponinas na polpa dos frutos, que atuam como detergentes naturais, funcionando como substituto do sabão.
O tronco é reto, com poucas ramificações mas, do tipo dicotômica, ou seja, cada ramo se divide em dois, resultando em uma copa frondosa, harmoniosa e visualmente atraente.
Suas folhas são compostas, com folíolos alongados e brilhantes, de coloração verde-intensa. A copa é arredondada e bem ramificada, proporcionando sombra moderada.
As flores são unissexuais e hermafroditas, pequenas, de coloração branco-amarelada, surgindo em inflorescências do tipo panícula. Os frutos são esféricos de 1 a 2 cm, de coloração marrom-amarelada quando maduros.
A espécie é rústica e resistente, adaptando-se a diferentes tipos de solo e condições climáticas.
Vantagens | Desvantagem |
Madeira de boa qualidade Pouca ramificação Aceita podas de condução Frutos substitui o sabão | Queda de frutos |
Cupiúva ou Árvore de Pombo (Tapirira guianensis)

O Cupiúva é uma árvore de grande porte, nativa do Brasil, de copa larga, podendo atingir 30 m de altura e medida DAP de 80 cm, quando adulta.
O tronco é reto e curto, com fuste de até 6 m de altura. A casca é cinza-escura a acastanhada.
A ramificação é cimosa ou dicotômica, gerando um esgalhamento largo, com muita formação de sombra.
Suas folhas são compostas, com folíolos grandes e coriáceos, de coloração verde-escura, com 15 a 30 cm de comprimento.
As flores do Cupiúva são a branco-amareladas e minúsculas. Os frutos drupa ovóide-oblonga, medindo de 1 a 1,5 cm de comprimento com 1 semente.
A Cupiúva é rústica e adapta-se bem a diversos tipos de solo, também conhecida como pau-pombo, saboeiro, tatapiririca, pombeiro, tapirirá, fruta-de-pombo, mangueirinha, entre outros.
Vantagens | Desvantagem |
Copa larga | Queda de frutos |
Jatobá (Hymenaea courbaril)
O Jatobá é uma árvore de grande porte, extremamente frondosa, podendo atingir entre 20 e 30 m de altura e medida DAP superior a 120 cm, quando adulta.
O tronco é reto, cilíndrico e robusto, com fuste de até 15 m de altura, e sua madeira é extremamente resistente, densa e pesada.
Suas folhas são compostas, com folíolos grandes e coriáceos, de coloração verde-escura, que proporcionam uma copa densa e ampla, capaz de oferecer uma grande sombra.
As flores do jatobá são pequenas de cor branca a creme. Os frutos possuem comprimento de 12 a 17 cm, com casca dura e espessa, contendo uma polpa comestível in natura de sabor e odor adocicado e 2 a 8 semente.
A árvore é rústica e adapta-se bem a diversos tipos de solo. O jatobá também é conhecido como Jutaí, jutaí-açu, jataiba, jatobá-mirim, quebra-facão e farinheira.
Vantagens | Desvantagem |
Madeira de boa qualidade Copa muito ampla e alta | Porte grande Queda de frutos |
Sibipiruna (Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides)
Essa árvore nativa do Brasil é perenifólia e possui porte alto com altura próxima a 28 m e diâmetro a altura do peito (DAP) de 50 cm, quando adulta.
O tronco é mais ou menos reto com fuste medindo até 7 m de comprimento com casca cinzenta e fissurada.
A copa é arredondada, moderadamente ampla, vistosa e atinge diâmetro de até 6 m.
As folhas são compostas com folíolos pequenos e falciformes. As flores são amarelas dispostas em uma inflorescência ereta e cônica, fornecendo uma aspecto singular de beleza. Os frutos são vagens lenhosas de 7 a 12 cm com 1 a 5 sementes.
O crescimento da Sibipiruna é moderado com boa adaptação em todo território brasileiro. Essa árvore também é conhecida como coração-de-negro, sebipira, sepipiruna, falso-pau-brasil, maria-preta e pau-brasil-do-amarelo.
Vantagens | Desvantagem |
Copa alta e densa Beleza de inflorescência | Queda de frutos Copa curta |
Tipuana (Tipuana tipu)
A Tipuana é uma árvore de porte médio a grande, podendo atingir entre 12 e 25 metros de altura, com um diâmetro à altura do peito (DAP) de 50 a 100 cm quando adulta.
Sua copa é ampla, densa e irregular, proporcionando excelente sombra.
Suas folhas são compostas pinadas, com folíolos pequenos e de coloração verde-clara, conferindo um aspecto leve e ornamental.
O tronco é reto a levemente tortuoso, com casca grossa e fissurada, variando do marrom-escuro ao acinzentado.
As flores são amarelas vibrantes. Os frutos são sâmaras aladas, semelhantes a pequenas hélices, que facilitam a dispersão pelo vento.
Originária da América do Sul, especialmente da Bolívia e do norte da Argentina, a Tipuana se adaptou bem ao clima brasileiro e é amplamente utilizada no paisagismo urbano devido à sua resistência, rápido crescimento e capacidade de fornecer sombra abundante.
Vantagens | Desvantagem |
Copa alta e densa Beleza de inflorescência | Não é nativa do Brasil |
Mangueira (Mangifera indica)

A mangueira é uma árvore indiana de crescimento rápido que chegou no Brasil no século XVI e espalhou por todos os Estados Brasileiros.
A árvore “pé franco” possui porte alto com altura entre 10 a 30 m e diâmetro à altura do peito (DAP) de 50 a 100 cm, quando adulta. Em geral, árvores provenientes de enxerto são menores.
O tronco é curto e muito ramificado, formando uma arquitetura arredondada com copa densa e sombra abundante.
As folhas são simples, oblongo-lanceoladas, coriáceas e cor verde escuro. As flores são pequenas e rosadas dispostas na panícula.
Há diversas variedades de manga que produzem frutos com tamanho, cor, aroma e sabor característicos.
As variedades mais plantadas são comum, ubá, espada, rosa, mamão, Tommy, Haden e Palmer, o que permite combinação de múltiplas variedades.
A mangueira é uma excelente espécie para a chácara pois além de sombra fornece frutos comestíveis.
Essa planta é rústica adapta bem as condições de solo e clima de todos os Estados do Brasil. Entretanto, os frutos são afetados por antracnose, principalmente em ambiente com pouco sol e ventilação.
Vantagens | Desvantagem |
Crescimento rápido Sombra abundante Arquitetura arredondada Frutos comestíveis | Queda de frutos Prefere clima mais quente |
Parapará (Jacaranda copaia)
A Parapará é uma árvore nativa do Brasil, perenifólia e com crescimento moderada a rápida, podendo atingir até 30 m de altura quando adulta, podendo atingir um fuste de até 15 m comprimento.
O tronco é reto e cilíndrico com casca rugosa e acinzentada, alcançando diâmetro de até 90 cm. A ramificação é pouca, em geral o ramo principal é muito alongado. A copa é pequena e bastante alta, proporcionando uma sombra pequena.
Suas folhas são são compostas, bipinadas, opostas, passando de 2 cm de comprimento. As flores são vistosas, campanuladas, de coloração lilás, azul-arroxeada ou azul-púrpura.
Os frutos são capsulas de 6 a 16 cm de comprimento, contendo centenas de sementes aladas, planas e transparentes.
A Parapará também é conhecida como caroba, caroba-do-mato, caxeta, marupá e marupá-preto, caroba, caroba-manacá e pará-pará, entre outros.
Vantagens | Desvantagens |
Fuste comprido Nativa do Brasil | Copa pequena Queda de frutos grandes |
Farinha-Seca ou Pau-Gambá (Abarema langsdorffii)
O Farinha-Seca é uma árvore de porte alto e perenifólia, nativa do Brasil, podendo atingir até 30 m de altura, quando adulta, com fuste de até 10 m.
O tronco é reto a levemente tortuoso. A ramificação é dicotômica (cada ramo se divide em dois), com ramos contendo pêlos ou tricomas que forma uma copa alta e reduzida, proporcionando sombra curta.
As folhas são bipinadas, medindo de 6 a 20 cm de comprimento, com 6 pares de pinas contendo pequenos foliosos.
As flores são vistosas e brancas, dispostas em racemos de 4 a 10 cm. Os frutos são legumes lenhoso e duro, de cor castanha, medindo de 6 a 10 cm contendo em 3 a 13 sementes lentiformes.
O Farinha-Seca também é conhecido como gambazeiro, pau-gambá, raposeira, árvore-detento, orelha-de-macaco, entre outros.
Vantagens | Desvantagens |
Nativa do Brasil | Copa alta e curta |
Angelim (Andira surinamensis)

O Angelin é uma árvore de porte médio e perenifólia, nativa do Brasil, podendo atingir até 20 m de altura, quando adulta, com fuste de até 5 m.
O tronco é tortuoso. A ramificação é dicotômica (cada ramo se divide em dois). Quando isolada no
campo, desenvolve copa muito frondosa.
As folhas são longo-pecioladas, imparipinadas, compostas de 9 a 11 folíolos, medindo de 6 a 12 cm.
As flores são são de pétalas róseas ou violáceas, dispostas em panículas terminais eretas. Os frutos são legumes drupáceo ovalado, medindo de 2 a 4 cm contendo as sementes oval de 2 a 2,7 cm.
O Angelin também é conhecido como angelim-manteiga, andirauchi, lombrigueira, morcegueira, uchirama, manga-brava, entre outros.
Vantagens | Desvantagens |
Nativa do Brasil | Copa alta e curta |
Árvores com folhas SEMI perenes
Esse grupo de árvores é caracterizado pela queda parcial das folhas, ou seja, elas perdem uma parte das folhas em determinado período do ano, proporcionando sombra moderada durante parte do ano. Essas espécies são conhecidas como semicaducifólias.
Angico (Anadenanthera spp.)
O Angico é uma árvore brasileira de médio a grande porte com crescimento rápido, podendo atingir entre 10 e 25 metros de altura quando adulta.
O angico vermelho (Anadenanthera macrocarpa) e o angico branco (Anadenanthera colubrina) podem ser plantadas.
Sendo o angico vermelho, mais procurado devido à cor madeira avermelhado, de maior valor para fabricação de móveis.
Suas folhas são compostas e bipinadas, com numerosos folíolos de coloração verde-claro, conferindo à árvore uma copa pouco densa e bem ramificada. As folhas são moderadamente persistentes.
O tronco é reto e sua madeira é extremamente resistente, pesada e durável, sendo amplamente empregada na construção civil, na fabricação de móveis e em cercas.
As flores são pequenas e esbranquiçadas. Os frutos são vagens alongadas e achatadas, contendo sementes duras e brilhantes.
Vantagens | Desvantagem |
Madeira de boa qualidade Copa alta | Folhas sem perenes |
Pau-ferro (Caesalpinia leiostachya)

O pau-ferro é uma árvore de porte médio a alto, podendo atingir entre 10 e 20 metros de altura e um diâmetro à altura do peito (DAP) de 40 a 60 cm quando adulta, com crescimento lento a moderado.
O tronco é curto e com bifurcações quando isolada. Mas na mata, o tronco reto e cilíndrico e o fuste alcança até 15 m de comprimento. A madeira é extremamente densa.
Suas folhas são compostas, com folíolos pequenos, de coloração verde-escura. As flores são amarelas e brilhantes, pequenas, reunidas em panícula terminal de até 20 cm de comprimento. Os frutos são vagens com comprimento de 5 a 10 cm, contendo de 2 a 10 sementes.
A árvore é rústica e adapta-se bem a diversos tipos de solo. O pau-ferro também é conhecido como giúna, ibirá-obi, quebra-foice, muirá-obi, muirapixuma, mururé, quiriripiranga, entre outros nomes.
Vantagens | Desvantagem |
Madeira de boa qualidade Copa densa e alta | Folhas semi perenes |
Guapuruvu (Schizolobium parahybae)
A Guapuruvu é uma árvore nativa do Brasil, perenifólia e com crescimento moderada a rápida, podendo atingir entre 10 a 25 m de altura com fuste com até 15 m de comprimento.
O tronco é cilíndrico, marcado por cicatrizes da afixação das folhas, podendo atingir diâmetro à altura do peito (DAP) de até 40 cm quando adulta.
Em condições favoráveis, essa árvore pode alcançar 40 m de altura e mais de 120 cm de diâmetro.
A ramificação é cimosa, ou seja, cada ramo se divide em múltiplos ramos. A copa é muito ampla, alta, arredondada e densa, proporcionando uma sombra agradável.
Suas folhas são compostas, de até 1 m de comprimento e de coloração verde-escura.
As flores são grandes, vistosas, de pétalas vivamente amarelas, reunidas em racemos terminais de até
30 cm de comprimento, proporcionando um visual majestoso nas paisagens urbanas e rurais.
Os frutos são criptosâmara deiscente de 8 a 16 cm de comprimento que libera sementes lisa, brilhante e oblonga-achatada.
A árvore Guapuruvu também é conhecido como baageiro, bacuru, bageiro, ficha, guapiruvu, pau-de-canoa, bacumbu, bacuparu, bacurubu, bacurubu-ficheira; bacuruva; bacuruvu, gapuruvu, garapuvu, igarapobu, entre outros.
Vantagens | Desvantagem |
Crescimento rápido Copa densa e alta Nativa do Brasil | Queda de frutos grandes |
Jequitibá-Rosa (Cariniana legalis)
A Jequitibá-Rosa é uma árvore nativa do Brasil, semi caducifólia e com crescimento moderada a rápida, podendo atingir entre 10 a 25 m de altura (excepcionalmente até 60 m em condições favoráveis) com fuste com até 20 m de comprimento.
Há também o Jequitibá-Branco que possui características semelhantes.
O tronco é reto, cilíndrico e colunar, com casca marrom-clara até marrom-escura a parda, rugosa, rígida,
profundamente sulcada, podendo atingir diâmetro à altura do peito (DAP) de até 60 a 400 cm quando adulta.
A ramificação é racemosa, com predominância do ramo principal, com ramos horizontais, suporta muitas orquídeas e bromélias.
A copa ampla e globosa, em forma de guarda-chuva, densa e brilhante, proporcionando uma sombra ampla e agradável.
As folhas são de formato ovado-oblongas a elípticas, cor verde-escura, com 4 a 8 cm de comprimento.
As flores são violáceas ou azul-rosáceas, com 2 a 6 cm de comprimento, reunidas em panículas de 18 cm de comprimento.
Os frutos são capsulas alongado, lenhoso, com 4 a 7 cm de comprimento contendo, por fruto, 10 a 15 sementes aladas de até 3 cm.
A árvore Jequitibá-Rosa também é conhecido como pau-caixão, pau-carga, caixão, coatinga, congolo-de-porco, cravinho-branco, estopa; jequitibá, jequitibá-de-agulheiro, jequitibá-branco, jequitibá-cedro; jequitibá-grande, jequitibá-rei, jequitibá-vermelho, entre outros.
Vantagens | Desvantagem |
Crescimento Rápido Copa Alargada Nativa do Brasil | Queda de frutos grandes |
Pau Formiga (Triplaris americana)
A árvore Pau Formiga é uma árvore nativa da América do Sul, incluindo o Brasil. Apresenta crescimento moderado a rápido, podendo atingir entre 10 e 25 metros de altura, com fuste que pode chegar a 20 metros de comprimento em condições favoráveis.
Seu tronco é reto, cilíndrico e colunar, com casca marrom-clara a marrom-escura, de textura rugosa e profundamente sulcada. Quando adulta, pode atingir um diâmetro à altura do peito (DAP) de 60 a 100 cm.
A ramificação é predominantemente racemosa, com um eixo principal bem definido e ramos horizontais, que frequentemente abrigam epífitas como orquídeas e bromélias. Sua copa é ampla, densa e globosa, proporcionando sombra generosa.
As folhas são simples, alternas, de formato oblongo a elíptico, medindo entre 6 e 15 cm de comprimento e apresentando coloração verde-escura.
As flores são pequenas e avermelhadas, reunidas em inflorescências longas e vistosas. Os frutos são cápsulas lenhosas e alongadas, medindo de 4 a 7 cm de comprimento, contendo sementes aladas que favorecem a dispersão pelo vento.
Vantagens | Desvantagem |
Crescimento Rápido Copa Ampla Nativa do Brasil | Queda de frutos grandes Germinação das sementes |
Árvores com folhas NÃO perenes
Esse grupo de árvores é caracterizado pela queda das folhas, ou seja, elas perdem as folhas em determinado período do ano, proporcionando sombra apenas durante parte do ano. Essas espécies são conhecidas como caducifólias.
Ipê (Handroanthus spp.)

O Ipê é uma árvore de médio a grande porte, podendo atingir entre 8 e 35 m de altura, dependendo da espécie. O sobre nome dessa árvore depende da cor da sua flor.
O tronco é reto a levemente tortuoso, com fuste de até 10 cm. A casca rugosa, fissurada de cor acinzentada a escuro.
Sua madeira é extremamente resistente, pesada e durável, sendo amplamente utilizada para produção de moveis de luxo e alto padrão.
A ramificação é grossa, irregular e simpódica, formando uma copa alta densifoliada, arredondada a umbeliforme. A folhagem é caducifólia.
Suas folhas são compostas de 7 a 18 cm com, geralmente, com 5 a 7 folíolos alongados e de coloração verde-escura.
As flores são grandes, podem variar de cor entre amarelo, roxo, rosa, branco e até avermelhado, dependendo da espécie.
O florescimento ocorre, geralmente, no final do inverno e início da primavera no Brasil, sendo um dos espetáculos visuais mais marcantes da flora brasileira.
Os frutos são síliquas alongadas, cilíndrica, amarelo-castanha com 20 a 60 cm por 1 a 2 cm de diâmetro, coberta de pêlos dourados, com numerosas sementes.
Nativo das Américas, especialmente do Brasil, o Ipê é uma das árvores mais emblemáticas da flora nacional, amplamente utilizado em reflorestamento, arborização urbana e paisagismo.
A espécie é bastante resistente, adaptando a diferentes condições climáticas. No entanto, pode ser atacada por besouros e formigas cortadeiras.
Vantagens | Desvantagem |
Copa alta Beleza das flores Característica ornamental | Queda de flores, folhas e frutos Proibida cortar por lei |
Jacarandá-Mimoso (Jacaranda mimosifolia)
O Jacarandá-mimoso é uma árvore de médio porte, podendo atingir entre 10 e 15 m de altura quando adulta.
O tronco é ereto e sua madeira é de boa qualidade, leve e resistente, sendo utilizada em marcenaria e carpintaria.
Suas folhas são compostas, com pequenos folíolos verde-claros. A copa é ampla e bem ramificada, proporcionando sombra moderada.
As flores são de coloração azul-arroxeada, com floração entre a primavera e o início do verão, tornando essa árvore uma das mais apreciadas no paisagismo urbano.
Os frutos são cápsulas lenhosas achatadas, contendo sementes aladas que se dispersam pelo vento.
Originário da América do Sul, especialmente do Sul do Brasil, preferindo um clima mais frio. O Jacarandá-mimoso é amplamente plantado pela exuberância de sua floração.
A espécie é rústica e adaptável a diferentes solos.
Vantagens | Desvantagem |
Beleza das flores Característica ornamental | Queda de flores, folhas e sementes Prefere clima mais frio |
Aroeira-Verdadeira (Myracrodruon urundeuva)
A aroeira é uma árvore de porte médio a alto, podendo atingir entre 5 e 20 m de altura e um diâmetro à altura do peito (DAP) de até 60 cm quando adulta, com crescimento lento a moderado.
O tronco é tortuoso em clima seco e retilíneo em regiões chuvosas, podendo alcançar até 12 m de comprimento. A madeira é usada para obras externas, mourões, vigas, construções rurais, estacas, dormentes e carvão de elevado poder calorífico.
Suas folhas são compostas, finas e de coloração verde-clara, com um aroma característico de terebintina (cheiro de manga), especialmente quando amassadas.
A copa é densa e ramificada, proporcionando boa sombra e um aspecto ornamental.
As flores são pequenas e de coloração púrpura, dispostas em inflorescências em panículas. Os frutos são pequenas drupas, de cor vermelha e possuem uma semente única no interior.
Nativa da América do Sul, especialmente do Brasil, a Aroeira é conhecida por seu valor medicinal, sendo utilizada em diversas práticas populares para tratar inflamações, dores e infecções. Além disso, suas folhas e frutos têm propriedades antimicrobianas.
A espécie é resistente e adaptável a diferentes tipos de solo e condições climáticas.
Além de aroeira, essa árvore é conhecida também como aderno, almecega, arinedeúva, aroeira-legítima, aruíva, aroeira-preta, aroeira-do-cerrado, pandeiro, árvore-da-arara, guaritá, entre outros.
Vantagens | Desvantagem |
Madeira de boa qualidade Copa ampla e alta |
Canafístula (Peltophorum dubium)
A Canafístula é uma árvore nativa do Brasil de porte grande, podendo atingir entre 10 e 20 m de altura e um diâmetro à altura do peito (DAP) de até 90 cm quando adulta.
O tronco é normalmente cilíndrico, mais ou menos reto ou levemente curvo e achatado e com base
acanalada com fuste de até 15 m. A madeira possui resistência moderada.
As folhas são compostas de até 50 cm de comprimento, com folíolos pequenos e de coloração verde-escura. Sua copa é ampla e arredondada, proporcionando uma boa sombra.
As flores são amarelo-vivas ou alaranjadas, agrupadas em vistosas panículas, criando um espetáculo visual. Os frutos são vagens longas e finas, que contêm sementes aladas.
A canafístula é bastante resistente à seca e se adapta bem a diversos tipos de solo, sendo também utilizada no paisagismo pela sua beleza ornamental e pela sombra que oferece.
Além de canafístula, essa árvore é conhecida também como acácia-amarela, angico-bravo, camurça, curucaia, ibirá, faveira, guarucaia, barbatimão, monjoleiro, entre outros nomes.
Vantagens | Desvantagem |
Crescimento rápido Beleza e ornamental Copa ampla e alta | Queda de folhas, flores e frutos Madeira de baixa qualidade Baixa resistência a vento |
Carobão (Jacaranda micranth)
A Carobão é uma árvore nativa do Brasil, caducifólia e com crescimento moderada a rápida, podendo atingir entre 10 a 20 m de altura (30 m em condições favoráveis) com fuste com até 15 m de comprimento.
O tronco é tortuoso, grisácea, marrom-clara até cinzento-clara, podendo atingir diâmetro à altura do peito (DAP) de até 30 a 85 cm quando adulta.
A ramificação é tortuosa e abundante com ramos grossos e tortuosos. A copa é alargada e densa, proporcionando uma sombra agradável quando há folhas.
As folhas são compostas, cor verde-clara, com 60 a 80 cm de comprimento, com até dez pares de folíolos.
As flores são violáceas ou azul-rosáceas, com 2 a 6 cm de comprimento, reunidas em panículas de 20 a 30 cm de comprimento.
Os frutos são capsulas cor verde quando imatura, a marrom quando madura, com até 7 cm de comprimento e 6 cm de largura.
A árvore Carobão também é conhecido como caroba-branca, caroba-do-mato, caroba-rosa, carobeira, carova, jacarandá-caroba entre outros.
Vantagens | Desvantagem |
Crescimento Rápido Copa Alargada Nativa do Brasil | Queda de frutos grandes |
Timbaúva (Enterolobium contortisiliquum)
O Timbaúva é uma árvore de porte médio a alto e caducifólia, podendo atingir entre 10 e 40 m de altura, quando adulta, com fuste de até 15 m de comprimento.
O tronco é reto ou pouco tortuoso, cilíndrico e livre de ramos na floresta ou tortuoso, curto e grosso
quando a árvore é isolada, com casca lisa de cor cinza-clara e pardo-acinzentada.
A ramificação é cimosa (múltiplas bifurcações), formando uma copa ampla, em forma de guarda-chuva, com até 25 m de diâmetro quando a árvore é isolada.
As folhas são compostas, bipinadas, alternas, com até 30 cm e e folíolos verde-claros em cima e verde-acinzentados em baixo, formando uma folhagem densa e de cor verde-clara.
As flores são hermafroditas, brancas e pequenas, reunidas em um capítulo globoso de 1 a 4 cm.
Os frutos são legume de cor preto quando maduro, medindo de 3 a 9 cm contendo 16 a 22 sementes marrom a castanho e brilhante.
O Timbaúva também é conhecido como árvore-das-patacas, cambanambi, chimbó, flor-de-algodão, orelha-de-onça, tamboi, timboril, ximbiuva, tambuvi, timbóuba e timbuva, morango, orelha-de-macaco, entre outros.
Vantagens | Desvantagens |
Copa Larga Nativa do Brasil | – |
Paineira (Chorisia speciosa)

O Paineira é uma árvore de porte médio a alto e caducifólia, podendo atingir entre 10 e 30 m de altura, quando adulta, com fuste de até 16 m na floresta e 8 m quando isolada.
O tronco é reto, cilíndrico, grosso, às vezes um tanto barrigudo, armado de fortes acúleos (espinhos) dispersos ao longo do tronco.
A ramificação é dicotômica (duas ramificações por ramo), racemosa (há um ramo principal) e irregular, formando uma copa de sombra moderada, ampla, arredondada e bastante frondosa.
As folhas são compostas, com 4 a 7 folíolos lanceolados, medindo 10 a 15 cm, formando uma folhagem moderada e de cor verde-clara.
As flores são de coloração branco-arroxeadas ou branco-avermelhadas, com até 9 cm de comprimento por 3 cm de largura, vistosas, aveludadas, dispostas em racemos.
Os frutos são cápsula de cor preto quando maduro, medindo de 12 a 22 cm contendo em média 120 sementes marrom-escuras a pretas, pequenas, achatadas, redondas, envoltas por pêlos branco-amarelados.
O Paineira também é conhecido como paineira-fêmea, árvore-de-paina, árvore-de-lã e paineira-de-espinho, barriga-d’água e bomba-d’água, paineira-rosa, paineira-branca, entre outros.
Vantagens | Desvantagens |
Copa Larga Beleza das flores Nativa do Brasil | Queda de frutos grandes Acúleos (espinhos) são perigosos |
Açoita-Cavalo (Luehea divaricata)

O Açoita-Cavalo é uma árvore de porte médio a alto e caducifólia, podendo atingir entre 3,5 e 15 m de altura (excepcionalmente 30 m), quando adulta, com fuste de até 10 m.
O tronco é tortuoso, nodoso e com reentrâncias com casca de coloração pardo-acinzentada-escura, áspera,
levemente fissurada. A ramificação é irregular, formando uma copa larga e densa, proporcionando sombra abundante quando presente as folhas.
As folhas são simples, alternas, medindo 4 a 15 cm de comprimento e 2 a 6,5 cm de largura, formando uma folhagem densa e de cor verde-escuro.
As folhas são usadas na medicina popular para tratar reumatismo, diarreia, dores estomacais, afecções gastrointestinais, hepáticas e respiratórias.
As flores são vistosas pétalas róseas, roxas ou raramente brancas, chegando a medir 2,5 cm. Os frutos são cápsula de cor castanha, medindo de 2 a 3 cm contendo em 5 a 15 sementes aladas e de coloração dourado-brilhante.
O Açoita-Cavalo também é conhecido como açoita, açoita-cavalo-do-miúdo, açoita-cavalos-branco, ibitinga, ivantingui, vatinga, biatingui; caoveti, envireira-do-campo, guaxima-do-campo, ibatingui, ivatingui, estribeiro, entre outros.
Vantagens | Desvantagens |
Copa Larga Nativa do Brasil Folhas são medicinais | – |
Referências
CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2008.
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